Você sabia que o Sescoop faz parte do Sistema S? O que isso significa? Por que o Sistema S é importante para o jovem?
Você sabe o que é o Sistema S, o que faz e qual é sua importância? Nós, do Geração Cooperação, já abordamos esse assunto lá atrás, em 2015, no artigo Você sabia que o Sescoop faz parte do Sistema S?. Mas como o assunto está em foco atualmente, vamos falar mais sobre isso e explicar qual a relevância do Sistema S para o setor cooperativista e para os jovens brasileiros.
O que é o Sistema S?
O Sistema S começou a ser estruturado no Brasil em 1942 para oferecer uma rede de ensino que melhorasse a produtividade da mão de obra e os serviços culturais e de lazer para o trabalhador com financiamento garantido, mas sem depender da gestão pública.
Ele é composto por nove entidades:
– Sesi: ligado à indústria, oferece opções culturais, de lazer e esporte, além de serviços de saúde.
– Senai: ligado à indústria, oferece cursos e assessoria técnica relativas ao setor industrial.
– Sesc: ligado ao comércio, oferece opções culturais, de lazer e esporte.
– Senac: ligado ao comércio, oferece cursos de formação profissional na área do comércio.
– Sebrae: ligado à micro e pequena empresa, oferece cursos e apoio para acesso a crédito aos microempresários e a quem pretende abrir uma empresa.
– Senar: ligado ao agronegócio, oferece cursos para o setor rural.
– Sescoop: ligado ao cooperativismo, oferece cursos e assessorias ao setor.
– Sest: ligado ao setor dos transportes, oferece opções culturais, de lazer e esporte.
– Senat: ligado ao setor dos transportes, oferece cursos relativos à área de transportes.
Essas entidades têm representações nacionais que supervisionam as regionais nos Estados.
O papel do Sistema S para o jovem trabalhador
Qualificar e promover o bem-estar social e disponibilizar uma boa educação profissional são as finalidades do Sistema S, o qual prepara os jovens para o mundo do trabalho, seja na Indústria, no Comércio, nos Transportes, na Agricultura ou no Cooperativismo. Essa preparação serve para atualizar ou complementar os conhecimentos que o jovem trabalhador já possui, mas com foco técnico na prática que o jovem terá no seu dia a dia profissional.
Assim, para ajudar na qualificação e na formação profissional de seus empregados, os empresários desses setores (Indústria, Comércio, Transportes, Agricultura e Cooperativas) têm no Sistema S um forte aliado para oferecer aos jovens e trabalhadores em geral cursos em áreas importantes do seu ramo de negócios.
O Sistema S conta com uma rede de escolas, laboratórios e centros tecnológicos espalhados por todo o território nacional. Muitos dos cursos oferecidos são gratuitos, mas também há ofertas de cursos pagos, geralmente com preços mais acessíveis do que os oferecidos por instituições particulares de ensino.
O Sistema S e o Cooperativismo
O Sistema S para o Cooperativismo nasceu em 1998, quando, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, buscava-se solução para o grave problema financeiro das cooperativas agro à época. Criou-se, então, o Programa de Revitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop), o qual foi amplamente debatido por três anos com todos os setores da sociedade interessados.
O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, recorda que “quando este programa foi concluído, a grande questão que ficou foi: e daqui a dez, 20 anos, não vão surgir de novo os problemas financeiros?”. O próprio presidente responde: “Não devem surgir mais. Como nós vamos fazer isso? Vamos melhorar a gestão das cooperativas”. E então foi criado o Sescoop. A própria legislação que criou o Recoop, em seu artigo 7º, cria o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), com o objetivo de capacitar, treinar, formar e monitorar as cooperativas, seus dirigentes e funcionários.
Perius lembra que o Sistema S das Cooperativas tem um diferencial importante em relação aos demais integrantes do Sistema S: “É uma lei. Foi medida provisória transformada em Lei. Portanto, o Sistema S das Cooperativas foi formado por Lei e não por decreto, como os outros integrantes do Sistema S”.
A partir desse passo, em menos de 20 anos, o cooperativismo implantou cursos, escolas e faculdades que foram capazes de profissionalizar a gestão de todas as cooperativas dos 13 ramos do cooperativismo. “O Sistema S do Cooperativismo nasce daí com uma matriz fundamental: monitorar cooperativas pelo Sistema OCB, que é o gestor do Sistema S, e instrumentalizar mecanismos acadêmicos de estudo para podermos preparar as pessoas para administrar cooperativas”, comenta Perius.
“Nós, em 15, 18 anos, pelo Sescoop, conseguimos transformar o mundo do conhecimento e de gestão – que é complexo no processo cooperativo – em pessoas altamente capacitadas. Temos executivos preparados, temos presidentes preparados, temos empregados bem preparados, e temos, fundamentalmente, os sócios bem preparados na cultura da cooperação”, comemora Perius. “Esta é a revolução que se deu no campo da cultura e da gestão de cooperativas pelo Sistema S”, conclui.

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